sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

O ensino da Filosofia no Ensino Fundamental

Segundo o filósofo alemão Immanuel Kant, “não se pode ensinar filosofia, só se pode ensinar a filosofar”. A Filosofia então tem esse caráter de levar aos alunos o interesse pela investigação, pelo raciocínio e pela pesquisa. Por isso, vem-se discutindo seu papel transformador na educação básica. Esse papel parece levantar dúvidas como: de que forma trabalhar filosofia para jovens e crianças? Digo que necessita ser de uma maneira peculiar as outras disciplinas, visto que ela é diferente, e por isso deve ser dada por filósofos, de maneira criativa.

Acredito que todos os esforços empreendidos por muitas escolas na adoção da filosofia para jovens do ensino fundamental, resultaram na formação de futuros adultos conscientes de sua atuação social. A participação das pessoas na vida política de um país está cada vez mais difícil, pois a idéia que se tem ou é transmitida de política, apenas circunscreve o âmbito dos partidos e dos candidatos. Na verdade, as pessoas devem entender que política é feita por todos os cidadãos. Como cidadãos, somos responsáveis pela administração de nossa sociedade.

Pensar, refletir, questionar e criticar faz parte de nossa tarefa patriótica, e como conseguiremos transmitir esses valores? Através de uma educação preocupada com o pensar. Por isso, a Filosofia possui um papel importante na vida escolar do aluno. Ela o leva a indagar sobre os problemas sociais do mundo, não apenas tornando-o consciente, mais o levando a ter atitude de mudança.

Quando a LDB, em 1996, recomendou o ensino de filosofia na educação básica, seu objetivo era fazer com que todas as crianças pudessem ter acesso a uma formação humana mais integral, não apenas voltada para as disciplinas básicas. Os pedagogos perceberam que não adiantaria nada formar pessoas com conhecimentos teórico-práticos para o dia-a-dia, e não formar criadores de opinião, participantes de um ideal revolucionário, colocando sempre em xeque os mandos e desmandos da política nacional. Sedo assim, a Filosofia dever ter o papel de mostrar aos alunos que seu posicionamento na sociedade faz a diferença para torná-la melhor, não bastando apenas dar o voto para um governante que sempre prometera sempre as mesmas coisas que não cumpria.

Se não podemos ensinar filosofia, como diz Kant, mas podemos ensinar a filosofar, assim, a educação filosófica no ensino fundamental não deve se preocupar em dar conteúdos históricos, sem abordagem contextual, e sim apresentar aos alunos, sustentada pelos filósofos, a necessidade de criar um pensamento crítico e reflexivo, onde nossa ação social possa articular o desenvolvimento comunitário que precisamos. Isso é filosofar.

A LDB 9394/96 e o Ensino Religioso nas escolas

Muito se tem dito sobre a questão do Ensino Religioso nas Escolas, alguns até sem o conhecimento elementar da Lei de Diretrizes e bases da Educação em seu artigo 33 - Lei n° 9.394 de 20 de dezembro de 1996 com redação dada pela Lei n° 9475, de 22 de julho de 1997 que legisla sobre este assunto do seguinte modo: 

Art.33° - O ensino religioso, de matrícula facultativa, é parte integrante da formação básica do cidadão e constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental, assegurado o respeito à diversidade cultural religiosa do Brasil, vedadas quaisquer formas de proselitismo. 

§ 1° - Os sistemas de ensino regulamentarão os procedimentos para a definição dos conteúdos do ensino religioso e estabelecerão as normas para a habilitação e admissão dos professores. 

§ 2° - Os sistemas de ensino ouvirão entidade civil, constituída pelas diferentes denominações religiosas, para a definição do ensino religioso. 

Esta Lei é bastante ampla e ambígua, deixando várias lacunas a serem preenchidas pelos Conselhos Estaduais de Ensino conforme realidade e vivências regionais, ficando para as Secretarias Estaduais de Educação e os Conselhos de Educação sua regulamentação. Além disto existe a possibilidade do Projeto Político Pedagógico de cada unidade escolar adaptar tal legislação à sua realidade vivencial. 

A questão central no Ensino Religioso nas Escolas não é concordar ou não sobre sua existência nas Unidades Escolares, mas como serão ministradas tais aulas. Passo a fazer algumas considerações que julgo importantes na elaboração de Leis Regulamentares sobre o Ensino Religioso nas Escolas Públicas, bem como para a elaboração de Um Projeto Político Pedagógico que possa incluir tal procedimento:

I. Devemos Considerar a Pluralidade Religiosa Existente em Nossa Sociedade 
 
Vivemos a cultura de uma sociedade judaica-cristã, fruto de uma triste colonização. Em 31 de outubro de 1517 Martin Lutero fixou suas 95 teses na porta do palácio de Wittenberg, e em 22 de abril de 1500, dezessete anos antes, Pedro Alvares Cabral descobriu o Brasil, portanto o tipo de catolicismo ao qual fomos iniciados era de características medievais, ou seja, indulgente, inquisitório e intolerante (não necessariamente nesta ordem). O Brasil não pode ser considerado como um país cristão tão somente pela imposição de seus primeiros, ou por seus atuais colonizadores (leia quem entenda). Na constituição federal são atribuídos os exercícios sacerdotais à apenas três categorias religiosas: o Padre (sacerdote católico), o Rabino (sacerdote judaico) e o Pastor Protestante (sacerdote de confissão evangélica). Ficam de fora as religiões não cristãs (Islamismo, Budismos etc.); Religiões cristãs que estão fora da classificação de católicos e protestantes (Kardecismo, Umbandismo etc.). O ensino religioso nas escolas não é definido, segundo a lei federal, 9394 LDB, se é ou não cristão, e por isso mesmo precisamos abranger o maior número possível de expressões religiosas em nossa sociedade, para garantir o direito de livre expressão de culto, sob o risco de ignorarmos tais manifestações culturais e tornar-nos este dispositivo de lei como proselitismo e intolerância religiosa, o que contraria o espírito da própria lei. Reduzir o ensino religioso às próprias convicções religiosas, à historicidade cultural ou familiar é crime de discriminação religiosa.

II. Devemos Considerar A Formação Do Profissional De Ensino Religioso

Qualquer lei que venha regulamentar a habilitação e admissão dos professores de ensino religioso precisa levar em consideração pelo menos três itens: 

a) A Qualificação Do Professor De Ensino Religioso - As exigências legais, segundo a LDB supõe que o profissional de ensino seja portador de um diploma de nível superior. Mas como aplicar isto, se os cursos de teologia não são reconhecidos pelo Ministério da Educação e Cultura? Ou seja, os cursos teológicos são considerados como Seminários Maior, tendo amparado no decreto-lei n° 1.051 de 21.10.1969. Além da questão do reconhecimento dos cursos teológicos, precisaria haver uma reformulação curricular, onde fossem oferecidas as disciplinas de Licenciatura Plena para o exercício do magistério, já que os cursos teológicos, em sua grande maioria, formam bacharéis em teologia; 

b) A Admissão Do Professor De Ensino Religioso - A realização de concurso público precisa ser bem avaliada. O sistema de coronelismo, apadrinhamentos e nepotismo ainda são fartos na prática "endêmica" brasileira. A seleção do professor de ensino religioso precisa ser criteriosa e através de concurso, sob a pena de cairmos na prática da catequese; 

c) A Remuneração Do Professor De Ensino Religioso- Inicialmente a lei 9394, em seu conteúdo e espírito, indicava caminhos para que o ensino religioso fosse ministrado por voluntários, por se tratar de uma disciplina não obrigatória e com matrícula facultativa, mas "quiseram os deuses" que em lei 9475 de 22/07/97 houvesse remuneração ao professor de ensino religioso. Fica a sugestão que o professor de ensino religioso seja enquadrado nas funções e remunerações, conforme disposto em leis estaduais para os profissionais de ensino. 

III. Devemos Considerar A Escolha Do Conteúdo Programático

As aulas de ensino religioso não podem ser aulas de catequese ou de classe de catecúmenos. As instituições religiosas têm seus programas de Educação religiosa que visam suas doutrinas aos seus fiéis, portanto a prática do ensino religioso nas escolas precisa de uma definição bem clara de seus objetivos, antes mesmo da elaboração de seu currículo. A elaboração de um currículo depende em muito da realidade vivencial (contexto) em que está sendo elaborado. Quando pensamos em ensino religioso podemos seguir a linha da história das religiões, das doutrinas religiosas, da teologia cristã, da ética e cidadania, enfim, existe um universo de abordagens que precisará passar por um crivo bem idôneo em diversos níveis. 

Concluindo, tornar-se necessário; lembrar que historicamente o ofício de "professor" surgiu nos mosteiros na Idade Média a serviço da burguesia através do ensino religioso. Portanto fica para nossa reflexão o seguinte: 

a) A quem interessa o ensino religioso nas escolas? 

b) Este tipo de ensino seria um progresso ou um retrocesso do processo de laicização do estado (separação do Estado da Igreja)?
"Concluindo Jesus de proferir estas palavras (Sermão do Monte), as multidões se admiraram de sua doutrina, porque as ENSINAVA, COMO QUEM TEM AUTORIDADE, E NÃO COMO OS ESCRIBAS". Mateus 7:28 e 29

Sugestões Bibliográficas:
ALVES, Rubem. Dogmatismo e tolerância. Ed. Paulinas.
BOFF, Leonardo. Igreja, carisma e poder. Ed. Vozes

Artes / Educação Artística... Alguns artigos

Artes / Educação Artística... Alguns artigos

Educação Física, disciplina obrigatória no currículo escolar

Geralmente, na escola, a educação física é vista como uma disciplina complementar, como se ela fosse menos importante do que Matemática, História ou Língua Portuguesa. Será que é verdade? É preciso compreender que a Educação Física é uma disciplina obrigatória do currículo escolar e que apresenta características próprias, como veremos a seguir.

O termo Educação Física pressupõe a ideia de controle do corpo ou, ainda, de controle do físico. Educar, desde o século XVII, é uma ação que está intimamente relacionada à disciplina corporal: a separação proposta por Descartes, entre corpo e mente, torna-se base de todo o processo educacional ocidental. Fato bastante visível nas salas de aula: o corpo fica sentado e parado, sem “atrapalhar” o exercício de raciocínio e de aprendizado feito pela mente.

A princípio, a Educação Física, quando inserida no currículo escolar, era tida como um momento para a prática da ginástica, com a finalidade de deixar o corpo saudável. Após muitas reformas na própria ideia de Educação Física, atualmente ela é uma disciplina complexa que deve, ao mesmo tempo, trabalhar as suas próprias especificidades e se inter-relacionar com os outros componentes curriculares. Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), documento oficial do Ministério da Educação, a Educação Física na escola deve ser constituída de três blocos:

Jogos, Ginásticas, Esportes e Lutas Atividades rítmicas e expressivas
Conhecimentos sobre o corpo

Segundo o documento, essas três partes são relacionadas entre si e podem ou não ser trabalhadas em uma mesma aula.

O primeiro bloco, “jogos, ginásticas, esportes e lutas”, compreende atividades como ginástica artística, ginástica rítmica, voleibol, basquetebol, salto em altura, natação, capoeira e judô. O segundo bloco abrange atividades relacionadas à expressão corporal, como a dança, por exemplo. Já o terceiro bloco propõe ensinar ao aluno conceitos básicos sobre o próprio corpo, que se estendem desde a noção estrutural anatômica, até a reflexão sobre como as diferentes culturas lidam com esse instrumento.

Se analisarmos uma aula em que o professor trabalha apenas os quatro esportes coletivos (voleibol, basquetebol, futebol e handebol), sob a ótica de uma Educação Física que visa à reflexão do aluno sobre si e sobre a sociedade em que está inserido, logo perceberemos o quão pobre se torna a experiência sobre o corpo nessas aulas. Nesse sentido, é fundamental que a compreensão de si, de sua cultura e de outras culturas seja ampliada, a fim de efetivar a disciplina de Educação Física como um componente curricular educacional.

A Educação Física tem uma vantagem educacional que poucas disciplinas têm: o poder de adequação do conteúdo ao grupo social em que será trabalhada. Esse fato permite uma liberdade de trabalho, bem como uma liberdade de avaliação – do grupo e do indivíduo – por parte do professor, que pode ser bastante benéfica ao processo geral educacional do aluno.

Comemorações do mês de março

Organismos colegiados... Conheça um pouco mais!

Conselho Escolar

É um órgão responsável pela gestão da escola, em conjunto com o Núcleo Gestor, de acordo com os objetivos constantes em estatuto próprio.
A escolha dos representantes é feita através de eleição democrática, em assembléia geral, com a participação de pais, alunos, professores, funcionários, direção e representantes da sociedade civil.

Atribuições do Conselho Escolar


Ø Acompanhar, definir e avaliar em parceria com o Núcleo Gestor a aplicação dos recursos financeiros oriundos do FNDE, PDDE, PDE, Projeto Alvorada entre outros;
Ø Coordenar em parceira com o Núcleo Gestor, o processo de elaboração do Plano de Desenvolvimento da Escola e Regimento Escolar;
Ø Acompanhar o cotidiano da escola com ênfase na avaliação dos indicadores do acesso, permanência e sucesso dos alunos;
Ø Divulgar, junto a comunidade e autoridades competentes, a avaliação institucional da escola;
Ø Convocar assembléias gerais da comunidade escolar e das entidades da sociedade civil;
Ø Acompanhar o desempenho dos recursos humanos e fiscalizar a utilização dos recursos materiais;
Ø Interagir junto a escola como instrumento de transformação de ação, promovendo o bem estar da comunidade do ponto de vista educativo, cultural e social;
Ø Contribuir para a solução de problemas inerentes a vida escolar: preservando uma convivência harmônica entre pais ou responsáveis legais, professores, alunos e funcionários da escola.

Conselho de Classe

É composto por todos os alunos da escola, representados por dois alunos de cada turma.
A escolha dos representantes é feita através de eleição, por voto direto e secreto com mandato de um ano.

Atribuições dos Representantes de Classe
:

Ø Zelar pelo bom relacionamento da turma e reapresentá-la junto a quem de direito;
Ø Servir de intermediário entre a sua turma e os organismos colegiados, núcleo gestor, professores e funcionários, no que diz respeito aos seus direitos e deveres;
Ø Fazer o levantamento dos problemas existentes na sua turma e levá-los ao conhecimento de quem de direito, e juntos buscar soluções;
Ø Apresentar a sua turma, as informações e decisões recebidas.


Conselho de Professores

É composto por todos os professores da escola, representados por um professor de cada área de conhecimento, modalidade e nível de ensino.
A escolha dos representantes é feita através de eleição, por voto direto e secreto com mandato de dois anos.

Atribuições do membros do Conselho de Professores
:

Ø Zelar pelo bom relacionamento dos professores e reapresentá-la junto a quem de direito;
Ø Servir de intermediário entre a classe os demais organismos colegiados, núcleo gestor, alunos e funcionários, no que diz respeito aos seus direitos e deveres;
Ø Fazer o levantamento dos problemas existentes na escola e levá-los ao conhecimento de quem de direito, e juntos buscar soluções;
Ø Apresentar aos professores as informações e decisões recebidas.

APC – Associação de Pais e Comunitários

É uma instituição auxiliar da escola que terá como objetivo principal, atuar em benefício da ação educativa, proporcionando o entrosamento entre pais, alunos, professores e núcleo gestor e comunitários através do desenvolvimento de atividades sociais, culturais e desportivas. Como também contribuir com a melhoria e conservação dos equipamentos e do próprio prédio e espaços escolares. A Associação de Pais Comunitário – APC, tem estatuto próprio aprovado em assembleia geral respectiva.


Grêmio Estudantil

Grêmio Estudantil é uma entidade dos estudantes que atua com finalidades educacionais, culturais, cívicas, desportivas e sociais, buscando promover a integração entre alunos e dos e alunos com a escola e comunidade local, em especial com o núcleo gestor, com professores, funcionários, alunos e pais de alunos com movimentos e organizações sociais. O Grêmio Estudantil tem estatuto próprio, sendo sua aprovação feita em assembleia geral do corpo discente.

Educação ambiental, o que é e os princípios que a norteiam

O QUE É?

As diretrizes expressas na Política Nacional de Educação Ambiental (EA) definida pela Lei Federal nº 9795, de 27 de abril de 1999, trazem orientações quanto aos princípios, aos objetivos, às linhas de atuação e às estratégias de implementação da EA. É reconhecida como um instrumento pelo qual "o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à qualidade de vida e sua sustentabilidade”.


Um dos principais objetivos da EA consiste em contribuir para a compreensão da complexidade do ambiente em suas dimensões ecológicas, econômicas, sociais, culturais, políticas, éticas e tecnológicas, de maneira a sensibilizar a coletividade quanto a importância de sua organização e participação na defesa de todas as formas de vida. Pretende-se, assim, incentivar a mobilização dos cidadãos a partir do reconhecimento das causas e das conseqüências dos impactos socioambientais que afligem o planeta, buscando satisfazer as necessidades fundamentais da humanidade ao mesmo tempo em que são respeitados os direitos das gerações futuras terem acesso a um ambiente saudável.
 
PRINCÍPIOS

Simultaneamente à reunião de chefes de Estado ocorrida na Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento – Rio de Janeiro, 1992 - foi realizado o Fórum Global das Organizações Não-Governamentais, contando com a participação de 15000 profissionais atuantes na temática ambiental. Nesse evento foram ratificados 32 tratados, dentre eles o Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global, documento que constitui marco referencial da EA, no qual são definidos os seus princípios de compromisso com mudanças nas dimensões individuais e estruturais. Aborda os direitos e os deveres que cabem aos cidadãos, tendo em vista o estabelecimento de sociedades sustentáveis.

1) A Educação é direito de todos; somos todos aprendizes e educadores.

2) A Educação Ambiental deve ter como base o pensamento crítico e inovador, promovendo a transformação da sociedade.

3) A Educação Ambiental é individual e coletiva. Tem o propósito de formar cidadãos com consciência local e planetária.

4) A Educação Ambiental não é neutra, mas ideológica. É um ato político.

5) A Educação Ambiental deve envolver uma perspectiva holística, enfocando a relação entre o ser humano, a natureza e o universo de forma interdisciplinar.

6) A Educação Ambiental deve estimular a solidariedade, a igualdade e o respeito aos direitos humanos, valendo-se de estratégias democráticas.

7) A Educação Ambiental deve tratar as questões globais críticas, suas causas e inter-relações em uma perspectiva sistêmica, em seu contexto social e histórico.

8) A Educação Ambiental deve facilitar a cooperação mútua e eqüitativa nos processos de decisão, em todos os níveis e etapas.

9) A Educação Ambiental deve recuperar, reconhecer, respeitar, refletir e utilizar a história indígena e culturas locais, assim como promover a diversidade cultural, lingüística e ecológica.

10) A Educação Ambiental deve estimular e potencializar o poder das diversas populações, promovendo oportunidades para as mudanças democráticas de base que estimulem os setores populares da sociedade.

11) A Educação Ambiental valoriza as diferentes formas de conhecimento. Este é diversificado, acumulado e produzido socialmente.

12) A Educação Ambiental deve ser planejada para capacitar as pessoas a trabalharem conflitos de maneira justa e humana.

13) A Educação Ambiental deve promover a cooperação e o diálogo entre os indivíduos e instituições com a finalidade de criar novos modos de vida, baseados em atender às necessidades básicas de todos os indivíduos.

14) A Educação Ambiental deve integrar conhecimentos, aptidões, valores, atitudes e ações.

15) A Educação Ambiental deve ajudar a desenvolver uma consciência ética sobre todas as formas de vida com as quais compartilhamos este planeta, respeitar seus ciclos vitais e impor limites à exploração dessas formas de vida pelos seres humanos.

O tempo de aprender é agora... Salas de EJA e a receita para tanto sucesso

Quem acha que há um tempo em que os estudos ficam para segundo plano porque está fora da faixa etária para a série que deveria cursar ou um pouco velho para voltar às aulas está completamente enganado. Principalmente quando a expectativa de vida do brasileiro cresceu para 71,7 anos, de acordo com dados do IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Para se ter uma idéia, o primeiro levantamento desse tipo feito no país, em 1900, mostrava que o brasileiro vivia cerca de 30 anos, segundo o sociólogo e gerontólogo Antônio Jordão Netto, estudioso dos aspectos da velhice e coordenador dos cursos voltados para a terceira idade na Universidade Sant´Anna e na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP).

Hoje o Brasil tem aproximadamente 14 milhões de pessoas com mais de 60 anos. Conforme dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), até 2025 o Brasil será o sexto país do mundo com o maior número de pessoas idosas, com cerca de 35 milhões de adultos com 65 anos ou mais. Daí a necessidade de se criar, o mais rápido possível, políticas sociais que preparem a sociedade para essa realidade. É um público que tem pressa de aprender e carrega nas costas a experiência de vida. E são pessoas que estão se tornando assíduas nas salas de aula.

As instituições de ensino já têm se voltado para essa questão. As salas de aula de EJA – Educação de Jovens e Adultos têm sido cada vez mais procuradas. Na E.E.F. Dr. Stênio Dantas a experiência não tem sido diferente. Professores preparados e salas inclusivas é o segredo de tanto sucesso. Os projetos desenvolvidos pelas professoras em consonância com a equipe técnica da Secretaria de Educação de Missão Velha, CE tem sido a receita para tanto sucesso.

Essas pessoas buscam um reposicionamento total de suas carreiras. Portanto, as instituições precisam mexer na metodologia, na dinâmica de aula. No entanto, precisa-se ter a consciência de que não é viável colocar alunos na terceira idade com jovens com idade entre 15 e 25 anos, isto, porque elas não se adaptam e há conflitos. Em nossa escola trabalha-se, então, no formato de soluções para esses grupos mais velhos.

Durante as aulas da EJA são abordados temas atuais abordando o nosso município, a nossa região, o nosso Estado, o Brasil e o mundo, além de questões sociais. Na prática, os alunos fazem um trabalho de desenvolvimento do potencial individual de cada um por meio de atividades conjuntas (oficinas culturais), conscientização do exercício da cidadania e capacitação para a realização de ações sociais e comunitárias, participação em atividades extra-classe (palestras, visitas a museus e exposições, realização de pesquisas etc.).

Visite a nossa escola. Estamos de porta aberta para recebê-los! Qualquer dúvida, venha conversar conosco!!!

Mulheres... Simplesmente, mulheres!

Mulheres, fraca, fortes,
Não importa.
Mulheres mostram que mesmo através da fragilidade.
São fortes o bastante para erguerem sempre cabeça
Sem desistir, pois sabemos que são capazes de vencer.Tem a delicadeza da flores
A força de ser mãe,
O carinho de ser esposa,
Reciprocidade de ser amiga,
A paixão de ser amante,
E o amor por ser mulher!
São guerreiras, vencedoras,
São sempre o tema de um poema
Distribuem paixão, meiguice, força, carinho, amor.
São um pouco de tudo
Calmas, agitadas, lentas!
Vaidosas, charmosas, turbulentas.
Mulheres fortes e lutadoras.
Mulheres conquistadoras
Que amam e querem ser amadas
Elegantes e repletas de inteligência
Com paciência
O mundo soube conquistar.
Mulheres duras, fracas.
Mulheres de todas raças
Mulheres guerreiras
Mulheres sem fronteiras
Mulheres… Mulheres…
Simplesmente, Mulheres!!!

Conhecendo um pouco da história do carnaval

Se você está se preparando para a folia de Momo, o melhor que faz é cair no samba. Epa! Aqui no Brasil, quando o assunto é Carnaval, já não se pode mais falar assim – taxativamente – cair no samba. A nossa maior festa popular tem diversos sons predominantes nas várias regiões para animar os foliões: no Rio, o samba; em Pernambuco, o frevo e o maracatu; na Bahia, o Axé; e por aí afora.

Mas se você quer saber um pouco sobre a história do Carnaval então se prepare para a primeira surpresa: ele não é, como muita gente pensa, genuinamente brasileiro. Esse pensamento pode até ocorrer porque foi aqui que ele ganhou a maior dimensão no mundo e tornou-se, além de uma festa popular, um produto de exportação que atrai em cada início de ano milhares de turistas para os espetáculos do Rio, São Paulo, Salvador e Recife, principalmente.

Mas o caminho até nossos dias foi longo e com muita meleca e muito líquido. Para a sua origem, muitos estudiosos buscam as mais variadas datas, referências e locais e quase nunca estão de acordo. Uns dizem ter remotos 10 mil anos (nos rituais festivos por boas lavouras). Outros menos, aí por uns seis mil anos, no Egito, em intenção à deusa Ísis. No mundo greco-romano o proto-caranaval conheceu a introdução da bebida e do sexo, segundo alguns autores. Em Roma, aconteciam bacanais, saturnais e lupercais, festejando também deuses pagãos como Baco, Saturno e Pã.

E quando o Carnaval chegou ao Brasil, você já deve estar se perguntando. A nós, é isso que interessa. Claro que sim. Por aqui, a data mais aceita como a da sua chegada é 1723, trazido pelos portugueses das ilhas da Madeira, Açores e Cabo Verde. E veja só: não era ainda o carnaval como o conhecemos hoje. E por isso não tinha ainda esse nome. Conheciam-no por...Entrudo! cuja palavra vem do latim introitus e se refere às solenidades litúrgicas da Quaresma.

Vá lá, cada tempo com o seu evento. E a animação? Pensa você que já era assim blocos, escolas de samba, trio-elétrico, essa sofisticação toda? Não e não! Alegria havia, claro que sim. Mas a brincadeira no entrudo compunha-se de correrias desenfreadas, muita melança com farinha e água com limão. Praticamente pouco mudou até quase a metade do século XIX, constituindo-se a festa de muita meleira e molhação. Os escravos eram animados na folia e polvilhavam-se uns aos outros e esguichavam água pelas ruas com uma enorme bisnaga de lata. Os senhores da alta sociedade segregavam essa festa da rua, preferindo o refúgio de suas casas para a brincadeira com, entre outras coisas, as laranjinhas – bolas de ceras que quando se espatifavam lançavam água perfumada. Mas também veja só: nem sempre eram educados os tais senhores, pois jogavam em quem passava na rua um líquido fétido (você pode adivinhar qual é? Eu, hem?!) Passar debaixo de uma janela nesse período era banho certo, por isso a movimentação nas ruas era pequena. No Primeiro Império o sucesso para a elite governante eram os bailes de máscaras, que a partir da década de 1840 popularizou-se.

No final do século XIX surgiram os primeiros blocos de carnaval e os famosos corsos. A festa começou a tomar a feição que tem hoje. Já era comum as pessoas se fantasiarem, e no início do século XX ganharem as ruas fantasiadas e com os carros enfeitados. Alguns sugerem que aí nasceu a idéia do carro alegórico – item obrigatório nos desfiles das escolas de samba. A introdução das marchinhas de carnaval no início do século XX deixou-o muito mais animado e fortaleceu o seu crescimento. No Rio, a primeira escola de samba foi a Deixa Falar, criada por Ismael Silva em 1928, no bairro do Estácio. No início dos desfiles, em 1932, as escolas percorriam as ruas acompanhadas de populares. Mas em 1935, a disputa passou a ser para valer. Hoje o carnaval cresceu tanto e de tal forma virou um produto comercial que temos até os carnavais fora de época. Acontecem Brasil afora em muitas cidades e capitais. Foi por influência da micareta baiana que o carnaval fora de época proliferou. Para ficar todo mundo ciente da universalidade do carnaval, em Araguaína, além da tradicional folia de Momo, em fevereiro ou março, os foliões se animam no Arafolia, que sempre acontece em agosto ou setembro.