quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Em 2009 nossa escola criará a Com Vida - Comissão do Meio Ambiente e Qualidade de Vida
















A Secretaria da Educação do Estado do Ceará - SEDUC - de forma integrada com o Ministério da Educação vem desenvolvendo importantes programas e ações visando o fortalecimento da Educação Ambiental nos sistemas de ensino e o atendimento as determinações da Política Nacional de Educação Ambiental – Lei nº 9.795/99, onde define:

A Educação Ambiental como “o processo por meio dos quais o individuo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade” (Artigo 1º, Lei Federal nº 9795, de 27/04/99).

A iniciativa de articular, mobilizar e fortalecer a Educação Ambiental na Escola consiste no estabelecimento de parcerias, fazer intercâmbio de experiências e manter o compromisso social de promover efetivas ações formativas para apoiar o trabalho realizado pelo educador, para melhorar o desempenho da escola, propiciando atitude responsável e comprometida com as questões socioambientais locais e globais com ênfase na participação social e no processo de ensino-aprendizagem.

Em 2009, nós que fazemos a E.E.F. Dr. Stênio Dantas criaremos a nossa Com Vida - Comissão de Meio Ambiente e Qualidade de Vida com o objretivo de discutir idéias e promover ações que possibilite um intercâmbio possibilitando a melhoria da qualidade de vida do nosso corpo docente, discente e administrativo.

A construção desse espaço na escola será uma tentativa de favorecer a troca de idéias, facilitar o diálogo entre seus membros e comunidade em geral para que, juntos, possamos reunir propostas, projetos educacionais relacionados à temática ambiental, entre outras produções apresentadas em cursos, seminários e oficinas.

O ano que vem será o ano de arregassarmos as mangas ainda mais...

Olhe o trabalho aí gente!!!!!!

Alunos cearenses participam da I Conferência Estadual Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente em Fortaleza... E nós? Por que não estamos lá?


Mudanças ambientais globais que envolvem os quatro elementos: Terra; Água, Fogo e Ar. Esse é o tema da I Conferência Estadual Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente, promovida pela Secretaria da Educação (Seduc), que ocorrerá nos dias 10 e 11 de dezembro, das 8 às 17 horas, no Hotel Mar Belo (rua Eliseu Holanda, n° 20, Praia do Futuro). O evento reunirá 144 jovens de 11 a 14 anos das mais diversas regiões do Ceará.

A Conferência é um movimento voltado ao fortalecimento da cidadania ambiental nas escolas e comunidades, propiciando uma atitude responsável e comprometida destas com as questões sócio-ambientais locais e globais.

Desse evento estadual sairão os 27 jovens que representarão o Ceará na etapa nacional, em Brasília, dos quais 24 alunos das escolas regulares e três alunos das escolas diferenciadas, sendo um de escola indígena, um de escola quilombola e outro de escola de área de assentamento.

Conforme a professora Hozana Magalhães, da Seduc, a Conferência corresponde a um processo seqüencial de encontros nos quais são debatidos os temas propostos, expondo diversos pontos de vista e deliberando coletivamente para a escolha de representantes que levam adiante as idéias que foram consensualizadas.

No Ceará, foram realizadas aproximadamente 2.200 Conferências pelo Meio Ambiente nas escolas públicas, envolvendo cerca de 25.000 pessoas, entre alunos, professores e comunidade em geral. Os participantes da Conferência Estadual foram eleitos por outros alunos nas 21 Conferências Regionais. Durante o processo, estes jovens fizeram uma reflexão conjunta sobre a melhoria da qualidade de vida, compartilhando idéias, assumindo responsabilidades e ações, que serão desenvolvidas em suas escolas, comunidades, municípios, estado e país.

Nós que fazemos a E.E.F. Dr. Stênio Dantas realizamos a nossa Conferência, as fotos mostram muito bem como tudo aconteceu. Vale a pena dar uma conferida!


Convidados para participar da Conferência Regional promovida pela 20ª CREDE - Coordenadoria Regional de Desenvolvimento da Educação, a nossa representante Bruna Nayara Silva Landim conseguiu o 3º Lugar Geral. Hoje, ao procurarmos a Secretaria de ducação do nosso Município para saber se já tinham recebido algum comunicado da 20ª CREDE informando a data, uma grande surpresa: a Secretária de Educação do nosso Município, Sra. Ana Cecília Araruna de Macedo e a Coordenadora do Meio Ambiente da Secretaria de Educação Maria Olímpia Arraes Rolim, simplesmente, sem se comunicar com os professores da Escola responsáveis pela III Conferência Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente ou com o Núcleo Gestor, que a aluna não participaria da Conferência Estadual, que está sendo realizada em Fortaleza. Por quê? Será isso correto? Como fazer uma educação diferente? Como exigir participação de alunos e professores e um ensino de qualidade? O que dizer aos nossos alunos?

Segundo a Coordenadora, Sra. Maria Olímpia, a aluna tinha sido dispensada porque a Secretaria de Educação não dispunha de verba. Será? Por que não nos perguntou se tínhamos ou não dinheiro para as despesas de tal atividade e/ou se queríamos investir por nossa conta e risco ou não.

Estamos a espera de uma resposta oficial!

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Seduc divulga resultado da Seleção de Diretores das Escolas de Educação Profissional

A Secretaria da Educação (Seduc) divulga as listas dos resultados da Seleção de Diretores das Escolas de Educação Profissional. A primeira lista é referente aos 294 candidatos aprovados na classificação geral, e a segunda lista corresponde aos 108 candidatos convocados para o curso da segunda fase do processo.

O curso é dividido em dois módulos. O primeiro será realizado nos dias 10, 11 e 12 de dezembro, das 8 às 18 horas, e o segundo nos dias 15 e 16 no mesmo horário. As aulas serão ministradas no Condomínio Espiritual Uirapuru - Casa de Retiro Nossa Senhora de Fátima - Auditório Madre Dias (av. Alberto Craveiro, 2222 - Bairro: Dias Macedo - Fortaleza – Ceará).

Os candidatos classificados na lista geral que não foram convocados para o curso no próximo dia 10, irão compor um banco de dados e poderão ser convocados a qualquer momento para a segunda fase do processo.

A prova de seleção de diretores das Escolas de Educação Profissional ocorreu no dia 30 de novembro e contou com um total de 2.569 inscritos.

Listas de classificação:
Classificação Geral
Convocados para a 2ª fase

Saiba mais sobre o deslocamento para o curso:
Ponto de referência do local: Próximo ao Estádio CastelãoÔnibus: Dias Macedo/Parangaba - saindo do terminal da ParangabaJosé Walter - saindo da Praça Coração de Jesus no CentroCastelão - saindo da Praça Coração de Jesus no Centro

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

A E.E.F. Dr. Stênio Dantas realiza a III Conferência Nacional Infanto-Juvenil do Meio Ambiente






A III Conferência Nacional Infanto-Juvenil do Meio Ambiente da E.E.F. Dr. Stênio Dantas aconteceu com a participação e o envolvimento integral de todos, núcleo gestor, alunos, professores, funcionários e comunidade, na última sexta-feira, dia 17 de outubro de 2008. Todos em nossa escola queremos uma ESCOLA MELHOR e lutamos constantemente para que isto aconteça. Núcleo Gestor, alunos, professores, funcionários e pais são elos cada dia mais fortes desta corrente vitoriosa!!!! Foi escolhido Delegado o aluno do 7º ano, Francisco Moésio Martins Barbosa Filho, nascido em 25/02/1997 e Suplente, a aluna do 9º ano, Bruna Nayara Silva Landim, nascida em19/12/1994. Os delegados após escolhidos falaram a comunidade sobre a importância de se cuidar do meio ambiente e, especialmente, sobre o TEMA, escolhido por nós, TERRA, da nossa RESPONSABILIDADE, que é DIMINUIR O LIXO ESPALHADO NA ESCOLA PELOS ALUNOS, DIARIAMENTE e da AÇÃO que desenvolveremos nesses próximos TRÊS MESES que será REALIZAR CAMPANHAS EDUCATIVAS E DISTRIBUIR COLETORES DE LIXO POR TODA ESCOLA.
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Clique aqui
Dê uma olhadinha nas fotos... Quem sabe você não vai se ver!!! Foi muito interessante a nossa Conferência!!!

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

VERDADES...

Ah! Não dá para ficar calado! Essa semana são tantas as comemorações... Eu fico recordando quando ainda era criança, até mesmo adolescente... Nós passamos semanas esperando por esta data, tudo era tão especial! O que será que mudou?

Ninguém nega o valor da educação e que um bom professor é imprescindível. Mas, ainda que desejem bons professores para seus filhos, poucos pais desejam que seus filhos sejam professores. Isso nos mostra o reconhecimento que o trabalho de educar é duro, difícil e necessário, mas que permitimos que esses profissionais continuem sendo desvalorizados. Apesar de mal remunerados, com baixo prestígio social e responsabilizados pelo fracasso da educação, grande parte resiste e continua apaixonada pelo seu trabalho.



A data é um convite para que todos, pais, alunos, sociedade, repensemos nossos papéis e nossas atitudes, pois com elas demonstramos o compromisso com a educação que queremos. Aos professores, fica o convite para que não descuidem de sua missão de educar, nem desanimem diante dos desafios, nem deixem de educar as pessoas para serem “águias” e não apenas “galinhas”. Pois, se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela, tampouco, a sociedade muda.


Nós que hoje somos educadores, também somos ou fomos educandos... Eu, particularmente, sempre estou em busca, sempre estudando, acho que por isso os professores têm um lugar tão especial em minha vida e em meu coração! Emociono-me quando ao recordar momentos tão especiais... Uma coisa eu aprendi desde cedo: respeitá-los!


Aos meus queridos e eternos mestres o meu eterno agradecimento! Ainda hoje vive em mim suas lições.

Feliz dia dos Professores!

Ah! Já sei, amanhã, sábado, é o dia que homenagearemos os nossos professores e você ainda não sabe o que escrever ou dizer a ele: Vai aí uma ajudinha!

MENSAGENS...


Obrigado professor!
Muito obrigado!
Por ter em mente que um dia serei gente; pelas broncas que me deu, pois sem elas não poderia chegar até aqui; por até hoje me aturar, apesar das minhas travessuras jamais deixou de me ensinar; por entrar em meu caminho e por sempre ter-me tratato com amor e muito carinho; e, por sempre me ensinar! Por isso e por muitas outras coisas, sempre irei amar-te!
Obrigado professor, por me oferecer alegria!
Feliz dia dos Professores!
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Professores, obrigado por fazerem do aprendizado não um trabalho, mas um contentamento. Por fazerem com que nos sentíssemos pessoas de valor; por nos ajudarem a descobrir o que fazer de melhor e, assim, fazê-lo cada vez melhor. Obrigado, muito obrigado, por afastarem o medo das coisas que pudéssemos não compreender; levando-nos, por fim, a compreendê-las... Por resolverem o que achávamos complicados... Por serem pessoas dignas de nossa total confiança e a quem podemos recorrer quando a vida se mostrar difícil... Obrigado por nos convencerem de que éramos melhores do que suspeitávamos.
Feliz dia dos Professores!
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Eu me lembro de você, PROFESSOR, eu me lembro e muito. A sua paciência, o seu amor multiplicado por quarenta, na doação sem limites, sem restrições. Mas eu não via, não sentia essas malhas de carinho que me envolviam, que me tocavam e se transformavam em luz.
Eu recebia, mas não reconhecia, você plantou uma semente dentro de mim, que agora eu sinto, germinou, cresceu, virou botão e floresceu. Mas só agora, quando a distância de você se conta em anos de vida, eu parei para pensar e a sua figura cresceu dentro de mim. Parece até que eu voltei a ouvir a sua voz e senti a sua presença em tudo que fiz, em tudo que vivi. Você foi o pegureiro das minhas ações, das minhas determinações. Foi sua voz que me levantou nas horas difíceis, que me deu novas forcas, que mostrou que cada dia é uma nova renovação...
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As bolas de papel na cabeça, os inúmeros diários para se corrigir, as críticas, as noites mal dormidas... Tudo isso não foi o suficiente para te fazer desistir do teu maior sonho: tornar possíveis os sonhos do mundo.
Que bom que esta tua vocação tem despertado a vocação de muitos. Parece injusto desejar-te um feliz dia dos professores, quando em seu dia-a-dia tantas dificuldades acontecem. A rotina é dura, mas você ainda persiste. Teu mundo é alegre, pois você consegue olhar os olhos de todos os outros e fazê-los felizes também.
Você é feliz, pois na tua matemática de vida, dividir é sempre a melhor solução. Você é grande e nobre, pois o seu ofício árduo lapida o teu coração a cada dia, dando-te tanto prazer em ensinar.
Homenagens, frases poéticas, certamente farão parte do seu dia a dia, e quero de forma especial, relembrar a pessoa maravilhosa que você é e a importância do seu ofício. É por isto que você merece esta homenagem hoje e sempre, por aquilo que você é por aquilo que você faz.
Felicidades!!!
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Mestre é aquele que caminha com o tempo propondo paz, fazendo comunhão, despertando sabedoria; que estende a mão, inicia o diálogo e encaminha para a aventura da vida. Não é o que ensina fórmulas, regras, raciocínios, mas o que questiona e desperta para a realidade. Não é aquele que dá de seu saber, mas aquele que faz germinar o saber do discípulo. Mestre é você, meu professor amigo, que me comprende, estimula -me, comunica-me e enriquece-me com sua presença, seu saber e sua ternura. Eu serei sempre um discípulo seu na escola da vida.
Obrigado, muito obrigado, grande mestre!
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Querido Mestre,
Trago-te um recado de muita gente. Houve gente que praticou uma boa ação e mandou dizer-te que foi porque teu exemplo convenceu. Houve alguém que venceu na vida e mandou dizer-te que foi porque tuas lições permaneceram. E houve mais alguém que superou a dor e mandou dizer-te que foi a lembrança de tua coragem que o ajudou.
Por isso és tão importante...O teu trabalho é o mais nobre! De ti nasce a razão e o progresso. A união e a harmonia de um povo! E agora...
Sorria! Esqueça o cansaço e a preocupação, há muita gente pedindo a Deus para que você seja muito Feliz!!!

Parabéns pelo seu dia!!!!
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ACHOU POUCO? QUE TAL ESSAS FRASES? ACHO QUE ALGUMA OU ALGUMAS DELAS FOI CRIADA ESPECIALMENTE PARA VOCÊ!
"Sua tarefa é cuidar que o aluno aprenda. Sua glória é o aluno que sabe pensar". (Pedro Demo)
"O verdadeiro professor defende os seus alunos contra a sua própria influência". (Amos Alcott)
" O professor é aquele que faz brotar duas idéias onde antes só havia uma". (Elbert Hubbard)
"O professor se liga à eternidade. Ele nunca sabe quando cessa a sua influência". (Henry Adams)
“O professor pensa ensinar o que sabe, o que recolheu nos livros e da vida, mas o aluno aprende do professor não necessariamente o que o outro quer ensinar, mas aquilo que quer aprender”.(Affonso Romano de Sant’anna)
"Àqueles que nos ensinaram muito mais que teorias, que nos preparam também para vida, todo o nosso carinho e gratidão". (Francisca Célia Viana de Brito)
"O nosso carinho e gratidão, a vocês, que além de transmitir seus conhecimentos e suas experiências, souberam apoiar-nos em nossas dificuldades." (Conceição Evilângia)
"Nosso agradecimento por repartir seus conhecimentos, colocando em nossas mãos as ferramentas com asas quais abriremos novos horizontes, rumo à satisfação plena dos ideais humanos e profissionais." (Lindicássia Nascimento Santos)
"Nossa gratidão àqueles que fizeram do magistério um ideal, mesclando a arte de ensinar com o dom da convivência, tornando-se nossos amigos e transmitindo suas experiências que grandemente ajudaram na nossa formação". (Luciano Mendonça)
"Mestre: homem que ensina; aquele que é versado em alguma ciência ou arte; homem superior e de muito saber, e que serve de ensino ou lição. Nosso muito obrigado àqueles que, ao nos ensinarem as lições do ofício, semearam em nós à vontade de tocar nossa própria música e escolher as notas que nos cabem, com a coragem e a perícia para acreditarmos em nós mesmos". (Jonas Avelar do Nascimento Santos)
"Meu mestre e meu guia! A quem nenhuma coisa feriu, nem doeu, nem perturbou, seguro como um sol fazendo o seu dia involuntariamente, natural como um dia mostrando tudo, meu mestre, meu coração não aprendeu a tua solenidade, meu coração não aprendeu nada e nada, meu coração está perdido." (Fernando Pessoa)
"A imortalidade de que se reveste a natureza humana faz o homem sempre presente. Presente pela amizade que conquistou; presente pelo exemplo que legou; sempre presente porque “educou.” (Michel Wolle)
"Àqueles que quando deveriam ser simplesmente professores, foram mestres, nos transmitindo seus conhecimentos e experiências; que quando deveriam ser mestres foram amigos e em sua amizade nos compreenderam e nos incentivou a seguir nosso caminho, expressamos os nossos maiores agradecimentos e o nosso profundo respeito, que sempre serão poucos diante do muito que foi oferecido “. (Laercio Genuino Mendonça)
"Professor é o sal da terra e a luz do mundo. Sem vós tudo seria baço, e a terra escura. Professor, faz de tua cadeira a cátedra de um mestre. Se souberes elevar teu magistério, ele te elevará à magnificência... Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina. Melhor professor nem sempre é o de mais saber e, sim, aquele que, modesto, tem a faculdade de manter o respeito e a disciplina da classe". (Cora Coralina)
"Vocês que plantaram um dia a semente do conhecimento em nós, a verão brotar e gerar, no futuro, cada vez mais plantios e proveitosas colheitas com frutos de reconhecimento e valorização pelos atos de amor e dedicação na arte de ensinar." (Cristiane Moreira)
"Agradecer é admitir que houve um minuto em que se precisou de alguém.Agradecer é reconhecer que o homem jamais poderá lograr para si o dom de ser auto-suficiente". (Josefa Cristina)
"Aos nossos mestres que nos convidaram a voar em sua sabedoria, mesmo sabendo que este voar dependeria das asas de cada um de nós; aos nossos mestres que, pela sua presença, marcaram nossa vida e em um simples gesto ou até mesmo num olhar transmitiram-nos palavras; a eles o nosso simples, mas eterno obrigado". (Leonardo Viana)
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Você sabe como surgiu o Dia do Professor?


O Dia do Professor é comemorado no dia 15 de outubro. Mas poucos sabem como e quando surgiu este costume no Brasil.


No dia 15 de outubro de 1827 (dia consagrado à educadora Santa Tereza D’Ávila), D. Pedro I baixou um Decreto Imperial que criou o Ensino Elementar no Brasil. Pelo decreto, “todas as cidades, vilas e lugarejos tivessem suas escolas de primeiras letras”. Esse decreto falava de bastante coisa: descentralização do ensino, o salário dos professores, as matérias básicas que todos os alunos deveriam aprender e até como os professores deveriam ser contratados. A idéia, inovadora e revolucionária, teria sido ótima - caso tivesse sido cumprida.


Mas foi somente em 1947, 120 anos após o referido decreto, que ocorreu a primeira comemoração de um dia dedicado ao Professor.


Começou em São Paulo, em uma pequena escola no número 1520 da Rua Augusta, onde existia o Ginásio Caetano de Campos, conhecido como “Caetaninho”. O longo período letivo do segundo semestre ia de 01 de junho a 15 de dezembro, com apenas 10 dias de férias em todo este período. Quatro professores tiveram a idéia de organizar um dia de parada para se evitar a estafa – e também de congraçamento e análise de rumos para o restante do ano.


O professor Salomão Becker sugeriu que o encontro se desse no dia de 15 de outubro, data em que, na sua cidade natal, professores e alunos traziam doces de casa para uma pequena confraternização. Com os professores Alfredo Gomes, Antônio Pereira e Claudino Busko, a idéia estava lançada, para depois crescer e implantar-se por todo o Brasil.


A celebração, que se mostrou um sucesso, espalhou-se pela cidade e pelo país nos anos seguintes, até ser oficializada nacionalmente como feriado escolar pelo Decreto Federal 52.682, de 14 de outubro de 1963. O Decreto definia a essência e razão do feriado: "Para comemorar condignamente o Dia do Professor, os estabelecimentos de ensino farão promover solenidades, em que se enalteça a função do mestre na sociedade moderna, fazendo participar os alunos e as famílias".



Saiba também quando é comemorado o Dia do Professor em outros países:


Estados Unidos: National Teacher Day - na terça-feira da primeira semana completa de Maio.


World Teachers’ Day - UNESCO e diversos países - 5 de Outubro


Tailândia - 16 de Janeiro


Índia - 5 de Setembro


China - 10 de Setembro


México - 15 de Maio


Taiwan - 28 de Setembro


Argentina - 11 de Setembro


Chile - 16 de Outubro


Uruguai - 22 de setembro


Paraguai - 30 de Abril


quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Inteligências Múltiplas

Inteligências Múltiplas

Rita Foelker

A idéia de definir e mensurar a inteligência tem pouco mais que um século. Começou com Alfred Binet (1), médico francês, que identificou dois tipos de inteligência: a lógico-matemática e a linguística ou verbal.

Desde então, seu modelo foi aceito e considerado para a formação de currículos de todas as escolas do mundo.
Um novo e grande passo na compreensão do que é e como funciona a inteligência somente seria dado por Howard Gardner e sua equipe da Universidade de Harvard quando, nos anos 80, descobriu e propôs que o ser humano teria não uma ou duas, mas várias inteligências, relacionadas a habilidades específicas que iam da montagem de blocos à música, à pintura e ao autoconhecimento.

Acompanhando o desempenho profissional de pessoas que haviam sido alunos fracos ou medíocres, Gardner se surpreende ao verificar que muitos obtiveram sucesso e viviam muito bem, o que não acontecia necessariamente com aqueles que haviam sido estudantes aplicados e tirado boas notas. Questionando o tipo de avaliação feita nas escolas, ele verificou que elas não incluíam capacidades que eram essenciais para a realização e a felicidade das pessoas.
Gardner demonstrou que as demais faculdades, desprezadas pela escola, também são produto de processos mentais. Para ele, inteligência é uma capacidade de resolver problemas e elaborar produtos de valor num ambiente cultural ou comunitário. Ele próprio, na ocasião, identificou sete inteligências, mas como os estudos prosseguem, atualmente utilizamos a seguinte classificação:
Inteligências Múltiplas
Abstrata
Lógico-Matemática - Habilidade para raciocínio dedutivo e para solucionar problemas matemáticos. É a mais associada com a idéia tradicional de inteligência. Importante para pesquisadores, cientistas, físicos e engenheiros, etc.
Lingüística - Habilidade para lidar com palavras de maneira criativa e de se expressar de maneira clara e objetiva. É a inteligência da fala e ca comunicação verbal e escrita e não tem relação com a cultura da pessoa. Importante para poetas, escritores, oradores, jornalistas, publicitários, vendedores, etc.
Musical - Capacidade de entender a linguagem sonora e de se expressar por meio dela. Permite organizar elementos sonoros (timbres, ritmos, sons) de forma criativa e independe de aprendizado formal. É a mais associada com a idéia de talento. Importante para músicos e compositores.
Concreta
Pictórica-espacial - Capacidade de reproduzir, pelo desenho, situações reais ou mentais, de organizar elementos visuais de forma harmônica; de situar-se e localizar-se no espaço. Permite formar um modelo mental preciso de uma situação espacial, utilizando-o p/ fins práticos (orientação/disposição). Capacidade de transportar-se mentalmente a um espaço. Importante para artistas plásticos, ilustradores, arquitetos, navegadores, pilotos, cirurgiões, engenheiros, escultores, etc.
Cinético-Corporal - Capacidade de utilizar o próprio corpo para expressar idéias e sentimentos. Facilidade de usar as mãos. Inclui habilidades como coordenação, equilíbrio, flexibilidade, força, velocidade e destreza. Importante para atletas, mágicos, bailarinos, malabaristas, mímicos, etc.
Social
Interpessoal - Capacidade de compreender as pessoas e de interagir bem com os outros, o que significa ter sensibilidade para o sentido de expressões faciais, voz, gestos e posturas de habilidade para responder de forma adequada às situações interpessoais. Importante para líderes de grupos, políticos, terapeutas, professores e animadores de espetáculos.
Intrapessoal - Capacidade de conhecer-se e de estar bem consigo mesmo, de administrar os próprios sentimentos a favor de seus projetos. Inclui disciplina, auto estima e auto-aceitação. Importante para todas as profissões.
Interpessoal + Intrapessoal = Emocional - Assim denominada por Daniel Goleman em seu best-seller, envolve a capacidade de interagir com o mundo levando em conta os próprios sentimentos e a habilidade de compreender as emoções próprias e alheias, utilizando para as nossas decisões pessoais e profissionais.
Espiritual
Espiritual - É a capacidade de aplicar, nas ações do cotidiano, princípios e valores espirituais, com o objetivo de encontrar paz e tranqüilidade. Envolve a capacidade de encontrar um propósito para a própria vida e de lidar com problemas existenciais (perdas, fracassos, rompimentos).

A idéia central de sua proposta é a de que a inteligência compõe-se um amplo espectro de competências inter-relacionadas, algumas das quais antigamente eram consideradas dons, talentos (como a músical ou a pictórica-espacial) ou virtudes (como a intrapessoal). A diferença no enfoque e o aspecto revolucionário da teoria das Inteligências Múltiplas está em que todos os seres humanos possuem todas as inteligências acima, só que em diferentes graus de desenvolvimento. Ninguém recebeu dádivas especiais e exclusivas. O que nos falta é treino.
Esta visão concorda perfeitamente com a concepção espírita da Lei de Igualdade, da Justiça Divina e da Evolução. Segundo a Doutrina, todos possuímos os germes de todas as faculdades, que apenas aguardam para desabrochar em nós.
Uma das inteligências não consideradas por Gardner, mas defendida pela psicóloga e filósofa americana Dana Zohar, é a espiritual. Suas características coincidem com a idéia que fazemos de um ser espiritualmente evoluído.
Embora estejam separadas, para fins de entendimento, na realidade as inteligências funcionam em conjunto, integradas umas às outras. Ao montar um quebra-cabeça, por exemplo, várias delas entram em ação: a lógico-matemática (na classificação das peças e descoberta de semelhanças), a pictórica-espacial (para perceber a localização das peças e as diferenças de cor), cinético-corporal (no uso das mãos) e até a intrapessoal (para persistir até o fim). Quer dizer que, embora uma possa predominar, todas trabalham juntas.
Quantas crianças não são marginalizadas em suas famílias, comunidades e escolas porque suas habilidades em resolver cálculos ou problemas abstratos e distanciados de sua realidade não são as esperadas?
Provavelmente, a contribuição mais importante da teoria das inteligências múltiplas seja a de alterar alguns conceitos sobre ensino, proporcionando ao aluno desenvolver diversas atividades de forma mais personalizada e de acordo com as suas reais aptidões. Neste processo mais individualizado, as crianças perceberão que suas forças pessoais estão sendo reconhecidas e valorizadas. O importante não está em medirmos a grandeza da inteligência em números ou como um conjunto de habilidades isoladas, e sim como um processo dinâmico, múltiplo e integrado, permitindo ser observada de diferentes ângulos. Esta nova concepção de inteligência nos conduzirá à formação de cidadãos mais felizes, mais competentes, com mais capacidade de trabalhar em grupo e mais equilibrados emocionalmente.(2)
1) Em 1900, Alfred Binet foi solicitado para que desenvolvesse uma medida de predição do sucesso escolar de crianças das primeiras séries. Desta forma surgiu o primeiro teste de inteligência, que visava estabelecer um critério para diferenciar crianças retardadas e crianças normais nos mais diferentes graus. Daí surgiu, também, a noção de que a inteligência poderia ser medida quantitativamente através da avaliação das capacidades lógica e linguística. Volta
(2) O trecho em itálico é de Jorge Montardo, médico pediatra, no site http://planeta.terra.com.br/saude/montardo/index.htm. Volta
ATIVIDADE:
Quebra-cabeças misturados
(A partir dos 8 anos.)
OBJETIVO GERAL:
Trabalhar simultaneamente com algumas das múltiplas inteligências.
Material:
Figuras diversas, recortadas em forma de quebra-cabeça, acondicionadas em envelopes ou sacos plásticos com as peças misturadas.
Como aplicar:

Dividir a turma em grupos em número igual ao de envelopes. Entregar um para cada grupo e explicar que todos os grupos deverão, ao final de certo tempo, haver montado um quebra-cabeça completo.

A importância da leitura...

A leitura tem importância fundamental na vida das pessoas. A necessidade de muita leitura está posto entre todos, haja vista, que propicia a obtenção de informações em relação a qualquer contexto e área do conhecimento, assim como, pode constituir-se em fonte de entretenimento.
Para uns, atividade prazerosa, para outros, um desafio a conquistar. Urge compreender que a técnica da leitura garante um estudo eficiente, quando aplicada qualitativamente.
O que é ler? Qual a importância da leitura? Quais procedimentos práticos para uma leitura eficiente? Questões óbvias, que pela sua evidência pouco são problematizadas. Etimologicamente, ler deriva do latim “lego/legere”, que significa recolher, apanhar, escolher, captar com os olhos. Nesta reflexão, enfatizamos a leitura da palavra escrita.
No entanto, entendemos que a leitura, para atender o seu pleno sentido e significado, deve, intencionalmente, referir-se à realidade. Caso contrário, ela será um processo mecânico de decodificação de símbolos. Logo, todo o ser humano é capaz de ler e lê efetivamente. Destarte, tanto lê o conhecedor dos signos lingüísticos/gramaticais, quanto o camponês, “não letrado”, que, observando a natureza, prevê o sol ou a chuva.
É mister, primeiramente, frisar que a leitura é mutíssimo importante, pois amplia e integra conhecimentos, abrindo cada vez mais os horizontes do saber, enriquecendo o vocabulário e a facilidade de comunicação, disciplinando a mente e alargando a consciência.
Investigações atestam que o sucesso nas carreiras e atividades na atualidade, relacionam-se, estreitamente, com a hábito da leitura proveitosa, pois além de aprofundar estudos, possibilita a aquisição dos conhecimentos produzidos e sistematizados historicamente pela humanidade.
O objetivo maior ao proceder à leitura de uma determinada obra consiste em aprender, entender e reter o que está lendo. Por conseguinte, inquestionavelmente, a leitura é uma prática que requer aprendizagem para tal e, sem sombra de dúvida, uma atividade ainda pouco desenvolvida. Neste particular, a leitura não é simplesmente o ato de ler. É uma questão de hábito ou aprendizagem.
Além do incentivo e à promoção de espaços permanentes de leitura é preciso criar o prazer para este ofício. O deleite advindo da leitura não se conquista num passe de mágica, espontaneamente. Requer opção, atitudes coerentes e pertinentes ao objetivo proposto. Não importa tanto o quanto se lê, mas como se lê. A leitura requer atenção, intenção, reflexão, espírito crítico, análise e síntese; o que possibilita desenvolver a capacidade de pensar.
Indubitavelmente, é preciso saber ler, ler muito e ler bem. Considerando apropriações de estudos realizados com o intuito em aperfeiçoar o hábito de leitura, elencamos alguns aspectos e/ou habilidades que julgamos pertinentes, nesta perspectiva:
1º - Ler com objetivo determinado, isto é ter uma finalidade. Saber por que se está lendo;
2° - Ler unidades de pensamento e não palavras por palavras. Relacionar idéias;
3º - Ajustar a velocidade (ritmo) da leitura ao assunto, tema e/ou texto que está lendo:
4º - Avaliar o que se está lendo, perguntando pelo sentido, identificando a idéia central e seus fundamentos;
5º - Aprimorar o vocabulário esclarecendo termos e palavras “novas”.O dicionário é um recurso significativo. No entanto, palavras-chave, analisadas no contexto do próprio assunto em que são usadas, facilita a compreensão;
6º - Adotar habilidades para conhecer o livro, isto é, indagar pelo que trata determinada obra;
7º - Saber quando é conveniente ou não interromper uma leitura, bem como quando retomá-la;
8º - Discutir com colegas o que lê, centrando-se no valor objetivo do texto, visto que o diálogo é a condição necessária para a indagação, para a intercomunicação, para a troca de saberes.
9º - Adquirir livros que são fundamentais (clássicos), zelando por uma biblioteca particular, assim como, freqüentar espaços e ambientes que contenham acervo literário, por exemplo, bibliotecas;
10º - Ler assuntos vários. Não estar condicionado a ler sempre a mesma espécie de assunto;
11º - Ler muito e sempre que possível; e.
12º - Considerar a leitura como uma atividade de vida, não desenvolvendo resistências ao hábito de ler.
As orientações supracitadas terão efeitos promissores, se observadas efetivamente, na prática, do contrário, não passam de mero palavreado. A leitura eficiente, depende de método.
No entanto, incontestavelmente, o método está na dependência de quem o aplica. Não bastam somente boas intenções. São necessárias ações congruentes aos desígnios. É fundamental compreender que, na formação de cada cidadão bem como de um povo, a leitura é de máxima importância, representando um papel essencial, pois revela-se como uma das vias no processo de construção do conhecimento, como fonte de informação e formação cultural.
Ademais, ler é benéfico à saúde mental, pois é uma atividade neuróbica. A atividade da leitura faz reforçar as conexões entre os neurônios. Para a mente, ainda não inventaram melhor exercício do que ler atentamente e refletir sobre o texto.
O ato de ler é um exercício de indagação, de reflexão crítica, de entendimento, de captação de símbolos e sinais, de mensagens, de conteúdo, de informações... É um exercício de intercâmbio, uma vez que possibilita relações intelectuais e potencializa outras. Permite-nos a formação dos nossos próprios conceitos, explicações e entendimentos sobre realidades, elementos e/ou fenômenos com os quais defrontamo-nos.
Em nossa escola, visando valorizar a importância da leitura estamos desenvolvendo o projeto "Eu Li e Recomendo" que terá o envolvimento dos alunos do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental do turno da manhã.
Conheça o nosso projeto que agora apresentamos. Depois sugira, critique, opine, elogie... Todo comentário será bem vindo!!!
PROJETO
EU LI E RECOMENDO!


Público alvo: Alunos dos 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental, do turno da manhã, da E.E.F. Dr. Stênio Dantas.
Período: Setembro a novembro de 2008.
Responsáveis: Profa. Francisca Nádia Fechine de Andrade, Prof. Laercio Genuino Mendonça e Profa. Rafaele Maria Ribeiro Duarte.
Justificativa: Ler é a possibilidade de ver o mundo com mais verdade, mais argúcia, mais nuances. Por tudo isso, também com mais encantamento. Encantamento que vem da própria percepção do poder da linguagem e mais especificamente da leitura na vida de cada um.
Efetivamente, pela linguagem se expressa; revela-se; relaciona-se com os outros e com o mundo. É-se humano pela linguagem; cria-se e constrói-se a sociedade; faz-se história. A LEITURA é parte importante desse universo criado pela linguagem. A leitura é, sobretudo, a compreensão do outro. Se se acredita nisso, é obrigatória a pergunta: QUAL O LUGAR DA LEITURA, NA ESCOLA HOJE? O QUE CABE À ESCOLA FAZER?
A emoção e o prazer da descoberta, sempre renovadas a cada nova leitura não poderia diminuir e muitas vezes acabar, pela forma como a escola desenvolve essas experiências. Em outras palavras: não pode-se deixar morrer o entusiasmo de descobrir também - e, com freqüência, sobretudo - pela leitura o que foi e o que é a história do homem; não deve-se permitir que se perca a alegria de DESCOBRIR O MUNDO ATRAVÉS DA LEITURA, não pode-se influir decisivamente para que a leitura seja descartada, ou quase, da vida dos educandos.
Como educadores, não podemos ver esgotadas as possibilidades de mudança desse cenário que ora nos é apresentado. Precisamos construir um país de leitores, uma ESCOLA QUE LÊ E INTERPRETA O MUNDO. Cabe-nos tentar recuperar o exercício cotidiano da boa leitura. Isto, de forma prazerosa, descortinando para os alunos as possibilidades dessa, como parte importante ao desenvolvimento da cidadania e do seu bem-estar no mundo. É nessa perspectiva que se justifica esse projeto.

Objetivos:
Geral: Despertar no aluno o sentido da leitura e o lugar que esta deve ocupar em sua vida.
Específicos: Descortinar para o aluno as possibilidades da leitura frente ao seu desenvolvimento psico-sócio-cultural; estimular a construção do hábito da leitura; e, fomentar o educando a enxergar o mundo através da leitura.

Metodologia: Possibilitar ao aluno a livre escolha (num primeiro momento), na biblioteca da escola ou em outras fontes, de um livro que deverá iniciá-lo no projeto; determinar um prazo para a leitura, sendo que após essa etapa, o aluno apresentará resultados da leitura realizada, socializando o conteúdo do livro escolhido, com a sua turma; estimular o envolvimento do leitor com a obra, a ponto de envolver ou ouvintes, quando do momento da apresentação do fichamento da leitura e da síntese; e, para o público extra-sala, será montado um painel com detalhes do livro lido e o grande desafio: INFORMAR SE RECOMENDA ou NÃO, a obra em pauta.
Avaliação: A avaliação se fará no e durante todo o processo, a começar pela apresentação do projeto, incentivo e orientação na escolha da obra literária e observância do desempenho e atuação de cada um, na execução das tarefas.

Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das relações étnicos raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana


Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das relações étnicos raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana




O Conselho Nacional de Educação baixou a Resolução nº 1, de 17 de junho de 2004, instituindo as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana.



Seu texto é o seguinte:


(*) CNE/CP Resolução 1/2004. Diário Oficial da União, Brasília, 22 de junho de 2004, Seção 1, p. 11.



CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃOCONSELHO PLENO


RESOLUÇÃO Nº 1, DE 17 DE JUNHO DE 2004. (*)



Institui Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. O Presidente do Conselho Nacional de Educação, tendo em vista o disposto no art. 9º, § 2º, alínea “c”, da Lei nº 9.131, publicada em 25 de novembro de 1995, e com fundamentação no Parecer CNE/CP 3/2004, de 10 de março de 2004, homologado pelo Ministro da Educação em 19 de maio de 2004, e que a este se integra, resolve:



Art. 1° A presente Resolução institui Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, a serem observadas pelas Instituições de ensino, que atuam nos níveis e modalidades da Educação Brasileira e, em especial, por Instituições que desenvolvem programas de formação inicial e continuada de professores.



§ 1° As Instituições de Ensino Superior incluirão nos conteúdos de disciplinas e atividades curriculares dos cursos que ministram, a Educação das Relações Étnico-Raciais, bem como o tratamento de questões e temáticas que dizem respeito aos afrodescendentes, nos termos explicitados no Parecer CNE/CP 3/2004.



§ 2° O cumprimento das referidas Diretrizes Curriculares, por parte das instituições de ensino, será considerado na avaliação das condições de funcionamento do estabelecimento.



Art. 2° As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africanas constituem-se de orientações, princípios e fundamentos para o planejamento, execução e avaliação da Educação, e têm por meta, promover a educação de cidadãos atuantes e conscientes no seio da sociedade multicultural e pluriétnica do Brasil, buscando relações étnico-sociais positivas,rumo à construção de nação democrática.



§ 1° A Educação das Relações Étnico-Raciais tem por objetivo a divulgação e produção de conhecimentos, bem como de atitudes, posturas e valores que eduquem cidadãos quanto à pluralidade étnico-racial, tornando-os capazes de interagir e de negociar objetivos comuns que garantam, a todos, respeito aos direitos legais e valorização de identidade, na busca da consolidação da democracia brasileira.



§ 2º O Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana tem por objetivo o reconhecimento e valorização da identidade, história e cultura dos afro-brasileiros, bem como a garantia de reconhecimento e igualdade de valorização das raízes africanas da nação brasileira, ao lado das indígenas, européias, asiáticas. § 3º Caberá aos conselhos de Educação dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios desenvolver as Diretrizes Curriculares Nacionais instituídas por esta Resolução, dentro do regime de colaboração e da autonomia de entes federativos e seus respectivos sistemas.



Art. 3° A Educação das Relações Étnico-Raciais e o estudo de História e Cultura Afro-Brasileira, e História e Cultura Africana será desenvolvida por meio de conteúdos, competências, atitudes e valores, a serem estabelecidos pelas Instituições de ensino e seus professores, com o apoio e supervisão dos sistemas de ensino, entidades mantenedoras e coordenações pedagógicas, atendidas as indicações, recomendações e diretrizes explicitadas no Parecer CNE/CP 003/2004.



§ 1° Os sistemas de ensino e as entidades mantenedoras incentivarão e criarão condições materiais e financeiras, assim como proverão as escolas, professores e alunos, de material.



§ 2° As coordenações pedagógicas promoverão o aprofundamento de estudos, para que os professores concebam e desenvolvam unidades de estudos, projetos e programas, abrangendo os diferentes componentes curriculares.



§ 3° O ensino sistemático de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na Educação Básica, nos termos da Lei 10639/2003, refere-se, em especial, aos componentes curriculares de Educação Artística, Literatura e História do Brasil.



§ 4° Os sistemas de ensino incentivarão pesquisas sobre processos educativos orientados por valores, visões de mundo, conhecimentos afro-brasileiros, ao lado de pesquisas de mesma natureza junto aos povos indígenas, com o objetivo de ampliação e fortalecimento de bases teóricas para a educação brasileira.



Art. 4° Os sistemas e os estabelecimentos de ensino poderão estabelecer canais de comunicação com grupos do Movimento Negro, grupos culturais negros, instituições formadoras de professores, núcleos de estudos e pesquisas, como os Núcleos de Estudos Afro-Brasileiros, com a finalidade de buscar subsídios e trocar experiências para planos institucionais, planos pedagógicos e projetos de ensino.



Art. 5º Os sistemas de ensino tomarão providências no sentido de garantir o direito de alunos afrodescendentes de freqüentarem estabelecimentos de ensino de qualidade, que contenham instalações e equipamentos sólidos e atualizados, em cursos ministrados por professores competentes no domínio de conteúdos de ensino e comprometidos com a educação de negros e não negros, sendo capazes de corrigir posturas, atitudes, palavras que impliquem desrespeito e discriminação.



Art. 6° Os órgãos colegiados dos estabelecimentos de ensino, em suas finalidades, responsabilidades e tarefas, incluirão o previsto o exame e encaminhamento de solução para situações de discriminação, buscando-se criar situações educativas para o reconhecimento, valorização e respeito da diversidade.



§ Único: Os casos que caracterizem racismo serão tratados como crimes imprescritíveis e inafiançáveis, conforme prevê o Art. 5º, XLII da Constituição Federal de 1988.



Art. 7º Os sistemas de ensino orientarão e supervisionarão a elaboração e edição de livros e outros materiais didáticos, em atendimento ao disposto no Parecer CNE/CP 003/2004.


Art. 8º Os sistemas de ensino promoverão ampla divulgação do Parecer CNE/CP 003/2004 e dessa Resolução, em atividades periódicas, com a participação das redes das escolas públicas e privadas, de exposição, avaliação e divulgação dos êxitos e dificuldades do ensino e aprendizagens de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana e da Educação das Relações Étnico-Raciais.


§ 1° Os resultados obtidos com as atividades mencionadas no caput deste artigo serão comunicados de forma detalhada ao Ministério da Educação, à Secretaria Especial de Promoção da Igualdade Racial, ao Conselho Nacional de Educação e aos respectivos Conselhos Estaduais e Municipais de Educação, para que encaminhem providências, que forem requeridas.


Art. 9º Esta resolução entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições emcontrário.


Roberto Cláudio Frota Bezerra

Presidente do Conselho Nacional de Educação

Presidência da República

Casa Civil

Subchefia para Assuntos Jurídicos





Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, modificada pela Lei no 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”.



O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:



Art. 1o O art. 26-A da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, passa a vigorar com a seguinte redação:



Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio, públicos e privados, torna-se obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena.



§ 1o O conteúdo programático a que se refere este artigo incluirá diversos aspectos da história e da cultura que caracterizam a formação da população brasileira, a partir desses dois grupos étnicos, tais como o estudo da história da África e dos africanos, a luta dos negros e dos povos indígenas no Brasil, a cultura negra e indígena brasileira e o negro e o índio na formação da sociedade nacional, resgatando as suas contribuições nas áreas social, econômica e política, pertinentes à história do Brasil.



§ 2o Os conteúdos referentes à história e cultura afro-brasileira e dos povos indígenas brasileiros serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de educação artística e de literatura e história brasileiras.” (NR)



Art. 2o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.



Brasília, 10 de março de 2008; 187o da Independência e 120o da República.



LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA


Fernando Haddad



Este texto não substitui o publicado no DOU de 11.3.2008.

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Uma "revolução" para os livros

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva promete que, até 2010, todos os municípios brasileiros terão uma biblioteca pública. Acordo que unifica a ortografia em oito países é assinado e passa a valer em 2009.
Entre pompa e fardões, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ontem, durante sessão solene da Academia Brasileira de Letras (ABL), no Centro do Rio, que homenageou o centenário da morte de Machado de Assis e promulgou o Acordo Ortográfico dos Países de Língua Portuguesa, que fará uma "revolução" dos livros no Brasil até o fim de seu segundo mandato. Lembrando o passado pobre e proletário de Machado de Assis, Lula arrancou aplausos dos imortais e convidados reunidos no Salão Nobre do Petit Trianon ao citar o maior escritor brasileiro: "Palavra puxa palavra. Uma idéia traz outra. E assim se faz um livro, um governo ou uma revolução". E emendou: "Façamos juntos a revolução do livro e da leitura em nosso país".

Lula prometeu que, até 2010, todos os 5,5 mil municípios brasileiros terão pelo menos uma biblioteca pública. O presidente, que só tem o diploma primário e o curso de torneiro mecânico do Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial), fez sua terceira visita à casa que representa o saber nacional - a primeira ocorreu no velório do jurista Raymundo Faoro e a outra há exatamente um ano, na comemoração dos 110 anos da ABL. Era, segundo ele, uma demonstração da importância que dá à educação. "A Academia encarna a gratidão do país a todos aqueles que alimentam a inteligência nacional", disse Lula.

"Com sua agenda tão cheia, sabemos que foi um grande esforço", reconheceu o presidente da ABL, Cícero Sandroni, numa referência indireta à crise econômica mundial. Num dos atos mais emocionantes da noite, Lula recebeu do ex-presidente da República, escritor e acadêmico José Sarney a medalha marcando os 100 anos da morte de Machado.

Transição
Em mais um passo na difícil tarefa de unificação do idioma português, Lula assinou o decreto que estabelece o cronograma para a vigência do Acordo Ortográfico de Língua Portuguesa e orienta sua implantação. Assinado em 16 de dezembro de 1990, o acordo busca unificar o registro escrito nos oito países do planeta que falam, cada um à sua maneira, o português - Brasil, Portugal, Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste. O acordo deveria vigorar a partir de 1994, mas divergências entre as partes impediram o cumprimento do prazo. Em Portugal, o acordo foi aprovado em maio deste ano e a nova ortografia deverá ser obrigatória dentro de seis anos.

No Brasil, o acordo entra em vigor em 1º de janeiro de 2009 e o país tem até 31 de dezembro de 2012 para se adaptar. De acordo com especialistas, 0,45% das palavras brasileiras sofrerão alterações, ao passo que em Portugal haverá mudanças em 1,6% dos vocábulos. Nesse período de transição, ficam valendo tanto a ortografia atual quanto as novas regras. Assim, concursos e vestibulares deverão aceitar as duas formas de escrita - a atual e a nova.

O Ministério da Educação estabeleceu que, em 2010, as novidades já serão incorporadas pelos livros didáticos. Entre as principais mudanças estão a incorporação de novas letras - "k", "w" e "y", elevando o número de letras de 23 para 26 -, o fim do trema, a extinção dos acentos diferenciais ainda existentes (como o de "pára", do verbo parar), o fim dos acentos agudos de ditongos (palavras como "ideia" ficam sem acento) e o sumiço de acentos circunflexos, como os de "vôo" e "crêem". Palavras começadas por "r" ou "s" não levarão mais hífen, como em anti-semita (ficará "antissemita") ou em contra-regra (ficará contrarregra). O acordo não define todos os usos de hífens, por exemplo.

A falta de Machado
Na sessão solene de celebração dos 100 anos de morte de Machado de Assis, fundador da própria Academia, o orador oficial da solenidade, o acadêmico Eduardo Portella - lembrado até hoje pela espirituosa frase "eu não sou ministro, estou ministro", quando era ministro da Educação de João Figueiredo - disse que o país sente muita falta de Machado. Acompanhado do ministro da Educação, Fernando Haddad, da Cultura, Juca Ferreira, e do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, Lula lembrou que Machado de Assis venceu pelo seu próprio talento individual, contra todas as probabilidades. "Não se trata de atribuir à literatura a agenda política, mas de perceber na grandeza de Machado, que nos questiona até hoje, um desafio a que o Brasil vença o preconceito e a exclusão", discursou Lula.

Além da promessa de criar uma rede de bibliotecas públicas em todas as cidades brasileiras, Lula lembrou que o Programa de Bibliotecas Rurais Arca das Letras, implantado em 2003 pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário, já distribuiu mais de 1,2 milhão de livros, e que estão sendo formados 5.460 agentes de leitura para atuarem em bibliotecas, pontos de cultura e pontos de leitura.

O que muda
As alterações na língua portuguesa só passam a valer obrigatoriamente em 2012.
Confira:

O alfabeto ganha, oficialmente, mais três letras: o "k", o "w" e o "y"

Não existirá mais o trema nas palavras em português (por exemplo: tranqüilo passa a ser tranquilo e agüentar vira aguentar; o acento só continuará a ser usado em palavras estrangeiras, como sobrenomes do tipo Müller)

Ditongos abertos "ei" e "oi" (como em alcatéia ou em heróico) não terão mais acento agudo

Palavras com duplo "oo" (como vôo) e duplo "ee" (como lêem) perdem o acento circunflexo

Não haverá mais acentos agudos ou circunflexos para diferenciar palavras (a exemplo de pára, do verbo parar, e para, preposição)

O uso do hífen passa a ser limitado a quando os prefixos terminam em "r": como super-forte ou hiper-resistente. Não existirá mais quando o segundo elemento da palavra começar com "s" ou "t". No lugar do sinal, dobra-se a consoante: contra-regra se transforma em contrarregra

Em Portugal, 1,6% das palavras serão alteradas. Somem, por exemplo, o "c" e o "p" quando elas não são pronunciadas (casos como o de óptimo, que vira ótimo, e acção, que passa a ser escrita como ação)

Nordeste é a região com mais crianças na pré-escola, indica IBGE

O acesso à educação infantil de 4 a 5 anos atingiu 70% em 2007, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2007, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra que cresceu a quantidade alunos matriculados na pré-escola, etapa da educação para crianças de 4 e 5 anos.

O destaque foi para a Região Norte, que registrou o aumento mais considerável: subiu 5,1%, passando de 54,6%, em 2006, para 59,7% em 2007. Mas, em termos absolutos, o Nordeste tem mais crianças estudando nessa faixa etária, 76,8%.

"A larga maioria dos pais das nossas crianças e jovens da escola pública trabalha e não tem um alto nível de escolaridade. Isso significa que o papel da escola na alfabetização, na leitura, na escrita da criança é muito importante. Receber uma criança só aos 6 anos de idade é perder seis anos que poderiam ser trabalhados na formação dela em diferentes aspectos, tanto educacional quanto social", avalia o presidente executivo do movimento Todos pela Educação, Mozart Neves.

Segundo o IBGE, de 2006 para 2007, Amazonas, Alagoas e Paraná tiveram o maior crescimento de freqüência escolar no grupo de 4 a 5 anos. Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba também se destacam com 85,8%, 82,2% e 80,1% das crianças com essas idades freqüentando a escola, respectivamente.
Fonte: Diário do Pará / Agência Brasil, 29.09.2008.

Laptop educacional não sai da gaveta

O Ministério da Educação - MEC - não pretende tirar da gaveta o já lendário projeto do laptop educacional, a iniciativa que prevê a distribuição de milhares de computadores portáteis entre alunos da rede pública de ensino.

Segundo uma fonte do MEC, que atua próxima ao projeto, o programa "Um Computador por Aluno" (UCA), encampado pela Casa Civil, não possui sequer orçamento para ser realizado neste ano e a prioridade do Ministério está voltada para projetos como o Proinfo, que trata da modernização dos laboratórios de informática das escolas públicas, e não para a distribuição de notebooks para os alunos.


Procurado, o MEC não quis se posicionar sobre o assunto. Por meio de sua assessoria de comunicação, informou apenas que um "comitê está reunido e debatendo o tema" e que novos processos licitatórios "estão em fase de elaboração", o que inclui o Proinfo urbano, que irá equipar 22 mil laboratórios escolares. Na Casa Civil, ainda há a expectativa de que o Ministério tome as medidas necessárias para que o edital de compra de 150 mil equipamentos saia ainda neste ano. "Essa demora é muito frustrante, se o orçamento não for liberado até 15 de outubro, o projeto vai atrasar mais uma vez, para abril do ano que vem", afirma uma fonte da Casa Civil.


O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), órgão ligado ao MEC, chegou a realizar um pregão eletrônico para aquisição das máquinas em dezembro do ano passado. Na ocasião, a fabricante Positivo Informática foi qualificada com a melhor proposta, mas o MEC acabou desistindo da idéia de ter que pagar cerca de R$ 650 por cada computador portátil. A idéia era que um novo edital fosse publicado em abril, o que também não aconteceu. O governo então contratou a Fundação Getulio Vargas (FGV) para revisar e reduzir as exigências do primeiro edital, com o propósito de baixar o custo das máquinas, mas a viabilidade da iniciativa divide opiniões dentro do próprio MEC. A idéia de usar laptops como instrumento pedagógico e de inclusão digital é discutida pelo governo há pelo menos três anos.


Dois anos atrás, o presidente Luís Inácio Lula da Silva chegou até a colocar as mãos em um protótipo do XO, a máquina criada por Nicholas Negroponte, o professor do Massachusetts Institute of Technology (MIT) que desencadeou essa corrida pelo laptop educacional.De lá para cá, a proposta do UCA já rendeu milhares de palestras, teses de mestrado em universidades e até livro do governo.


Com o título "Um Computador por Aluno: a experiência brasileira", a obra foi lançada em julho, em cerimônia realizada no salão nobre da Câmara dos Deputados. Agora só falta sair do papel. "É um projeto ambicioso, sinceramente não sei se vai acontecer nessas proporções que o governo deseja", diz o deputado Paulo Henrique Lustosa (PMDB-CE), que é o relator do projeto na Câmara. Enquanto as discussões sobre o tema se arrastam no Brasil, alguns países da América Latina já estão realizando seus pilotos para checar, na prática, se a idéia pode ou não dar certo.


Em março, a organização "Um Laptop por Criança" (OLPC, na sigla em inglês) distribuiu 240 mil portáteis no Peru e 110 mil no Uruguai. A fabricante de chips Intel também está promovendo a sua máquina ClassMate, com testes em cerca de 30 paíseseto que prevê distribuição de portáteis em escolas públicas.


Fonte: SBPC / Valor Econômico, 29.09.2008.

Para biógrafo inglês, Lula avançou economia, mas fracassa na educação

O governo de Luiz Inácio Lula da Silva, "um dos presidentes mais significativos" da história do Brasil no século 20, caminha também para ser "um fracasso na educação", na opinião do pesquisador britânico Richard Bourne, autor de um livro sobre Lula.




Lula of Brazil (Zed Books, Londres e Nova York), biografia política do ex-metalúrgico eleito e reeleito presidente, compila para o leitor do inglês os avanços e dificuldades do atual governo. O lançamento da obra, nesta terça-feira em Londres, vem a tempo de jogar uma luz sobre as razões que levam a popularidade de Lula a níveis recordes de 80%.





"Lula domina completamente a cena política no país. Ricos e pobres acham que Lula é uma pessoa que cuida do país", avalia Bourne, ex-jornalista do The Guardian, hoje pesquisador sênior do Institute of Commonwealth Studies, em Londres.





Bourne não esconde a simpatia que sempre nutriu por Lula desde que o ex-metalúrgico se destacou no sindicalismo nos anos 1980 - ou, a rigor, não esconde a simpatia pelo Brasil. Diz que "deixou seu coração" no país quando desembarcou pela primeira vez no Rio, em 1965. É autor de um livro sobre Getúlio Vargas e outros sobre líderes latino-americanos.





Nesta entrevista à BBC Brasil, o pesquisador faz uma avaliação dos altos e baixos do governo. Sublinha avanços no combate à pobreza e na política externa. Mas não deixa de criticar com severidade o que chama de "fracassos" no impulso à educação e em relação à esperança de fundar no Brasil "um tipo mais ético de política".





BBC Brasil - Seu livro vem em um momento em que a popularidade do presidente bate recorde e alcança 80%. Como explicar esse fenômeno?






Richard Bourne - Lula domina completamente a cena política no Brasil. Em parte, porque está no poder há muito tempo, em parte pelo que fez, em parte pelas suas características tão humanas. As pessoas se sentem muito seguras com Lula. Ricos e pobres acham que Lula é uma pessoa que cuida do país. Mas até por isso seu legado político será complicado...






BBC Brasil - Seria minha próxima pergunta...






Bourne - Lula sempre foi mais popular do que o PT. E muitas vezes ele até se mostrou muito impiedoso com o PT. Isso significa que não podemos pressupor que um petista o suceda. De certa forma, chegar à Presidência se tornou uma grande conquista pessoal de Lula, e é difícil que haja outro Lula. Felizmente, ele não deu ouvidos às pessoas que queriam convencê-lo a mudar a Constituição para poder se candidatar para um terceiro mandato. Isso seria um desastre para o Brasil.






BBC Brasil - Ampliando a questão do legado. O senhor é um estudioso de Vargas. Podemos comparar o legado de Lula e Vargas, os dois "pais dos pobres"?






Bourne - A comparação de que Lula e Vargas são pais dos pobres é adequada. Vargas criou os arranjos de seguridade social e era apoiado por movimentos operários. Mas esses movimentos eram apoiados pelo Estado. Já Lula fez muito mais pelos pobres que não estão na economia normal, ao introduzir o Bolsa Família e prover o recurso a 12 milhões de famílias só até o fim do 1º mandato. Acho que fez tanto como pai dos pobres quanto Getúlio.






BBC Brasil - O senhor diz que o Bolsa Família é um avanço na questão da pobreza, mas o programa tem ajudado em relação à educação?






Bourne - Acho que a educação é um dos grandes fracassos de Lula. Acho que ele perdeu o primeiro mandato ao não fazer nada pela educação pública no Brasil, algo que qualquer pessoa, qualquer observador internacional, qualquer brasileiro informado no Brasil enxerga como uma das maiores fraquezas do país.


Talvez porque ele mesmo tenha conseguido chegar ao topo sem educação formal ou porque se cansou de pessoas sabidas dizendo a ele que ele deveria ter se formado - não sei - mas parece que ele, pessoalmente, nunca considerou a educação tão importante para o seu país como deveria.


Esse é um grande contraste com outros líderes, como Nelson Mandela, da África do Sul, que estudou na prisão e obteve seu diploma na prisão, e mesmo Robert Mugabe, do Zimbábue, que privilegiou a educação quando chegou ao poder nos anos 1980. Acho que a questão da educação é um fracasso pessoal de Lula, e é bem difícil compensar isso.






BBC Brasil - Mas se há pouco investimento em algo tão estratégico no longo prazo, como a educação, o que resta?






Bourne - No seu segundo mandato, Lula tentou incluir seu pacote de crescimento, o que eu acho que funcionou, além de conseguir se beneficiar da expansão econômica. Há alguns avanços na parta da educação cultural. Houve um aumento no número de universidades, há bons avanços feitos na parte cultural pelo ex-ministro Gilberto Gil nas favelas. É uma tentativa de elevar um pouco o nível de alfabetismo. Mas, como disse, acho que a educação pública foi um certo fracasso ao não ser considerada como devia.






BBC Brasil - O senhor dedica um capítulo aos escândalos de corrupção. Como avalia esse quesito?




Bourne - A situação ética e política é uma parte ruim do legado de Lula. Simplesmente deu errado muito cedo, por conta do pacto com o demônio que ele fez logo no início da sua quarta tentativa para chegar à Presidência. Acho que Lula simplesmente se cansou de perder. E acho que isso foi uma traição do espírito que animou a fundação do PT no início dos anos 1980. Porque em qualquer grupo no qual você se incluísse no PT, fosse radical, marxista, moderado, a única coisa do qual estava totalmente certo era de que era preciso um tipo de política mais ético no Brasil. E nisso ele fracassou.






BBC Brasil - Há algo que se possa fazer em relação a isso?






Bourne - Sim, há uma série de coisas que podem e precisam ser feitas. Muito mais esforço deve ser dirigido à eleição dos políticos. Há bons políticos, nem todos do mesmo partido, nem todos de esquerda. E uma coisa é certa: a sociedade civil, ONGs, o terceiro setor, todos aqueles setores pressionando por transparência precisam ser reforçados. Obviamente, a imprensa e a mídia em geral têm um tremendo papel nisso. Eles fizeram um bom trabalho durante o mensalão. Esta vigilância é muito importante.






BBC Brasil - Mas o senhor crê que é possível reverter a sensação de que todos os políticos...






Bourne -...são bandidos e que a política é um negócio? Acho que isso é bem difícil, e digo por quê. O Brasil é um país muito grande e relativamente desorganizado. Um pouco como os Estados Unidos, onde política também pode se confundir com negócio. Você nunca consegue se livrar disso totalmente, mas acho que pode reduzir o mal. Mesmo assim, se olhar a história brasileira, vai ver que há diversos políticos honestos desde os primórdios, desde o século 19. Não gosto da idéia de simplesmente desistir do Brasil em relação a isso.






BBC Brasil - O senhor mencionou a relação da imprensa com o governo. Esta relação não é antagonista? Se sim, é visível?




Bourne - Acho que sim, é visível. Sempre houve uma hostilidade nesses interesses travestidos dos ricos por parte da imprensa. De certa forma, era uma questão de poder. Eles não queriam ter seus privilégios ou opiniões questionados. Mas acho que agora há algo diferente. Imagino que os jornalistas estão apenas cansados de Lula. O mesmo tipo de atitude que existe aqui em relação ao Gordon Brown. De certa forma, é natural e até bom. Eu sou um ex-jornalista, sei que é preciso algum grau de cinismo e ceticismo entre os jornalistas em relação a políticos.




BBC Brasil - O senhor diz no seu livro que a política externa do Brasil reflete os ideais iniciais do PT, e que a política econômica é a maior traição desses ideais. Pode explicar?




Bourne - Talvez a política econômica do PT tenha sido irrealista quando ele foi eleito. Voltar a uma era de controle estatal quase total das instituições é insustentável em um mundo globalizado. Já a política externa foi bem fundamentada.
Algo que não foi bem sucedido foi a tentativa de se tornar o líder dos latino-americanos - acho que foi mal pensado. O Brasil é muito grande e ameaçador aos olhos dos outros países, e apenas se o Brasil estiver trabalhando claramente nos interesses deles, eles vão concordar em ser representados pelo Brasil. Lideres nacionalistas como Hugo Chávez, Rafael Correa e Evo Morales quase inevitavelmente se viraram contra empresas brasileiras, como Odebrecht e a Petrobras.




De certa forma, o Brasil está pagando o preço de se tornar uma economia capitalista relativamente bem sucedida. E isso é um pouco duro para Lula, porque ele é um representante da esquerda, e de repente os interesses nacionais do Brasil e os interesses dos governos de esquerda entraram em colisão.




Mas há que fazer uma distinção entre a abordagem hispânica e brasileira. A do Brasil sempre foi a de acomodação, mesmo quando mudanças drásticas de rumo estavam ocorrendo. Enquanto no mundo hispano-americano, você atira e resolve o problema. Veja Pinochet no Chile, veja a Argentina. São duas culturas políticas muito diferentes. Para mim, para minha visão, o Brasil é um lugar muito mais civilizado.






Fonte: BBC Brasil, 30.09.2008